terça-feira, 25 de maio de 2010

A verdadeira adoração a Deus (1)


Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade." João 4:23-24

Há alguns anos nossa faxineira dizia à minha esposa: "Adoro sua salada!". Durante um único dia, quantas vezes ouvimos alguém dizendo que adora alguma coisa. É uma das expressões preferidas para expressar entusiasmo e admiração. Por isso, vale a pena analisar mais a fundo o que a Bíblia tem a dizer sobre adorar e sobre adoração. Pois, não devemos cair no erro de atribuir significados, diferentes a conceitos bíblicos, simplesmente movidos por aquilo que passou a ser consenso nas igrejas cristãs, ou seja, condicionados pela maneira como hoje se adora a Deus. Por isso, vamos olhar para o verdadeiro objeto de adoração e analisar biblicamente como devemos adorá-LO.

Quando a mulher no poço de Jacó queria discutir com Jesus acerca do lugar legítimo para adorar a Deus ("em Jerusalém" ou "neste monte" - Jo. 4:20), Ele lhe disse: "Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque são estes que o Pai procura para seus adoradores" Jo. 4:23 Deus Pai é adorado bem como o Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. Em Sua humilhação Jesus foi adorado de diversas maneiras: como bebê em Belém pelos magos do Oriente; mais tarde por Tomé (Jo. 20:28) e imediatamente antes de Sua ascensão ao céu por todos os Seus discípulos (Lc. 24:52); como o Senhor elevado e glorificado Ele é adorado por João (Ap. 1:17). Vemos o Pai e o Filho sendo adorados, mas não a terceira pessoa da Trindade, que é o Espírito Santo. Isso é facilmente compreensível quando observamos qual é o seu ministério, que é ensinar e capacitar os crentes à verdadeira adoração. Assim o apóstolo Paulo escreveu aos filipenses: "Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne." Fp. 3:3. Aqui o tema em questão era a circuncisão verdadeira ou falsa, não na carne, mas no Espírito!


Quando os magos adoraram o menino Jesus, viam no filho de Maria o futuro Senhor dos senhores e Rei dos reis. Os discípulos adoraram o Senhor ressurreto porque Lhe havia sido dado todo o poder nos céus e na terra.  Na ilha de Patmos João viu o Senhor sobre a morte, Aquele que levará toda a História mundial à sua consumação, "para que Deus seja todo em todos" 1 Co. 15:28.


A cabeça de ouro das nações, o rei Nabucodonosor, adorou a Deus com as palavras: "...eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvor, exalço, e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba" Dn. 4:34,37. Ele havia chegado a esse extraordinário conhecimento de Deus por meio de uma revelação divina e pelo testemunho de Daniel. Se esse dominador babilônio, mundano e pagão, já tinha tal conhecimento, quando mais deveríamos nós conhecer e adorar nosso Pai celestial!


Depois que os apóstolos Pedro e João, sob ameaças, foram proibidos de pregar pelas autoridades do Sinédrio e davam testemunho detalhado aos irmãos reunidos em Jerusalém, está escrito: “Ouvindo isto, unânimes, levantaram a voz a Deus e disseram: Tu, Soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há; que disseste por intermédio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido...” At. 4:24-26. Vemos que eles não oraram ao Espírito Santo, mas oraram cheios do Espírito Santo, primeiramente adorando a Deus, o Criador de todas as coisas, e ao Ungido, o Messias, o Filho do Todo-Poderoso. Isso significa que o Espírito Santo os moveu à oração e concedeu-lhes as palavras com que oraram, de forma que depois de seu amém é relatado que "tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a Palavra de Deus" At. 4:31.


Em nossos tempos agitados o Senhor também procura por adoradores verdadeiros, que O adorem em Espírito e em verdade. Onde os encontrará?


Por Deiter Steiger
Extraido da Revista Chamada da Meia-Noite, Maio de 2010, Pg. 04.

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