Deus havia libertado Israel da escravidão egípcia. Sob a liderança de Moisés, os judeus haviam atravessado o mar Vermelho e no terceiro mês acampavam no deserto do Sinai, onde receberam os Dez Mandamentos e onde foi firmada a aliança da Lei. Dentro desse contexto lemos algo muito notável acerca da adoração no Antigo Testamento: "Disse também Deus a Moisés: Sobe ao Senhor, tu, e Arão, e Nadabe, e abiú, e setenta dos anciãos de Israel; e adorai de longe. Só Moisés se chegará ao Senhor; os outros não se chegarão, nem o povo subirá com ele" Êx. 14:1-2. "Adorai de longe" poderia estar escrito sobre o tempo da Lei, sobre todo o Antigo Testamento. Em nenhuma das ordenanças da Lei encontramos alguma conclamação para o povo se aproximar de Deus. "chegar a Deus" - essas palavras eram incompatíveis com a Lei do Sinai. Somente com a morte e ressureição de Jesus elas se tornaram uma realidade possível. A palavra "longe" é tão característica da Lei como é característica a conclamação de nos aproximarmos de Deus feita pelo Evangelho. Sob a Lei jamais foi realizada alguma obra que tivesse dado ao pecador chagar-se a Deus.
Apenas Moisés podia se aproximar do Senhor, enquanto seu irmão Arão, seus dois filhos e os setenta anciãos tinha de adorar de longe. O caminho para a presença de Deus ainda não estava aberto. Mas o que já havia era uma série de indicações prévias do caminho futuro. Pensemos no cordeiro pascal no Egito e também nos holocaustos pacíficos, cujo sangue Moisés aspergia sobre o povo (Êx. 24:8). O sangue de animais, porém, não pode remover pecados (Hb. 10:4). Por essa razão, encontramos em todo Antigo Testamento a tão necessária distância entre o Deus santo e justo e seu povo pecador.
No Novo Testamento procuraremos em vão pelo "de longe", pois isso agora faz parte do nosso passado:
Juntamente, em confiança e fé, podemos aceitar essa realidade, vez após vez.
"naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo" Ef. 2:12-13.Sem Cristo ainda viveríamos em nossos pecados, não teríamos perdão e estaríamos longe, sem Deus no mundo. Mas agora, "em Cristo", podemos aceitare usufruir dessa proximidade com Deus pela fé. Na verdade, somente podemos ficar admirando e exultando, agradecendo e adorando! "E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto; porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito" Ef.2:17. Alegre-se! Em Jesus temos acesso a Deus não em qualquer templo humano, mas em um só Espírito. Por isso, o texto bíblico encerra o assunto com a garantia: "Assim já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Dus" Ef. 2:19. Em nosso Senhor Jesus Cristo já chegamos em casa. E nesse sentido não somos mais peregrinos ainda a caminho do alvo, mas: "vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito" Ef. 2:22. No Espírito, não no corpo ou na carne. Por isso lemos nos versículos anteriores:
"Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça dois salvos, e, juntamente como ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" Ef. 2:4-6.
Juntamente, em confiança e fé, podemos aceitar essa realidade, vez após vez.
Sim, ouçamos de maneira renovada o maravilhoso convite que vai muito além do ministério no Templo:
Não esquecemos que, na Antiga Aliança, o sumo sacerdote só tinha acesso ao Santo dos Santos uma vez por ano (no Yom Kippur, Hb. 9: 7), para reconciliar o povo com Deus. Conhecemos o novo e vivo caminho, Jesus Cristo, por meio de quem podemos sempre ter livre acesso ao trono da graça, e por isso devemos ser gratos, trazendo sacrifícios espirituais como sarcedotes reais, adorando nosso glorioso Senhor!
"Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé..." Hb. 10:19-22.
Não esquecemos que, na Antiga Aliança, o sumo sacerdote só tinha acesso ao Santo dos Santos uma vez por ano (no Yom Kippur, Hb. 9: 7), para reconciliar o povo com Deus. Conhecemos o novo e vivo caminho, Jesus Cristo, por meio de quem podemos sempre ter livre acesso ao trono da graça, e por isso devemos ser gratos, trazendo sacrifícios espirituais como sarcedotes reais, adorando nosso glorioso Senhor!
Unidos em Jesus, que nos abriu o caminho para chegarmos a Deus e podermos adorar de perto ao Todo-Poderoso.
Por Dieter Steiger
Publicado na Revista Chamada da Meia-Noite, Julho de 2010, pg. 04.
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