quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Arrependimento

“Porque a tristeza de Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar” 2 Co 7:10

Uma grande decepção pode levar ao desespero total e este, por sua vez, ao suicídio. A Bíblia relata o trágico fim de um homem que alcançara uma alta posição no palácio real em Jerusalém. “O conselho que Aitofel dava, naqueles dias, era como resposta de Deus a uma consulta; tal era o conselho de Aitofel, tanto para Davi como para Absalão” (2 Sm 16:23). Infelizmente Aitofel havia feito a escolha errada. Ele deixou o rei Davi e ofereceu seus préstimos a Absalão, o filho rebelde do rei. Quando Absalão, pouco depois, rejeitou seu sábio conselho, está escrito: “vendo, pois, Aitofel que não fora seguido o seu conselho, albardou o jumento, dispôs-se e foi para casa e para sua cidade; pôs em ordem os seus negócios e se enforcou; morreu e foi sepultado na sepultura de seu pai” (2 Sm 17:23). Para o orgulho Aitofel , o mundo desabou, seu ego magoado não achou o caminho de volta tornou-se inútil, totalmente desprezível, pronta para ser jogada fora! Isso ilustra a palavra: “a tristeza do mundo produz morte” (2 Co 2:10). Algumas pessoas do mundo das finanças e da economia suicidaram-se porque perderam imensas fortunas com a crise financeira mundial.

O apóstolo Paulo encontrava-se na Macedônia, envolvido em batalhas difíceis, tanto interiores quanto exteriores. Antes de tudo, o que pesava em seu coração era a temerosa incerteza sobre como os cristãos em Corinto teriam recebido sua segunda carta, que ele escrevera com lágrimas (2 Co 2:4). Quando, então, Tito veio com boas notícias, sua alegria foi enorme: “agora, me alegro não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus. Porque a tristeza de Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar.” (2 Co 7:9-10). Os coríntios haviam tomado a decisão certa, permitindo que a carta escrita com lágrimas abrisse seus olhos para os diversos males que havia na igreja, arrependeram-se, mudaram sua maneira de pensar a respeito de certos pecados aos quais estavam acostumados e corresponderam ao amor do apóstolo! O Senhor usou a carta para reavivar a igreja: “Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que desculpas, que indignação, que temor, que saudade, que preocupação, que desejo de ver a justiça feita!” (2 Co 7:11, NVI).

Não existe avivamento sem arrependimento: “a tristeza segundo Deus produz arrependimento”. – O Senhor quer dar muito mais a Seus discípulos, quer usá-los muito mais, mas antes é preciso reconhecer com Paulo: miserável homem que sou! Quem mi livrará...?” Os sãos não precisam de médico, apenas os doentes. Uma igreja que se arrepende sinceramente experimentará renovação. Pecadores se arrependerão, desviados voltarão, perdedores aceitarão ajuda, tristes serão consolados. Já passamos por essa experiência de despertamento espiritual? Já experimentamos o desespero conosco mesmos, com nossa completa incapacidade de fazer o bem com nossa absoluta falta de amor, com todas as nossas omissões? “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mt. 5:3). Esse choro, essa forma de sofrimento aqui mencionada é, em primeiro lugar, o lamento pelo próprio pecado e a tristeza pelas nossas falhas e fraquezas. Quem de nós não teria motivo para essa tristeza? Nossa vida espiritual pobre e a pequenez de nossa fé, nossa maldade e nossa dependência de coisas deste mundo, nossa falta de semelhança com Jesus, nossa rebeldia contra a vontade de Deus, tudo isso deveria desencadear o mais profundo arrependimento dentro de nosso coração.

Quantas cartas com lágrimas teriam de ser escritas em nossos dias? Não seria necessário declarar estado de emergência espiritual? Mas não queremos apontar para outros antes de nós mesmos termos experimentado que “a tristeza de Deus produz arrependimento”. Sejamos muito gratos, mais uma vez, Por este fabuloso presente celestial!

Unidos nAquele que nos conduz ao arrependimento e enche nosso coração com a alegria de Seu perdão, saúdo cordialmente em Cristo,

Dieter Steiger

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